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.:: Um Músico, Um Mecenas: A Due Cembali PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 15 de Setembro de 2018 // 18:00 h

Um Músico, Um Mecenas: A Due Cembali O concerto de setembro do ciclo "Um Músico, Um Mecenas" apresentará dois cravos construídos em Lisboa por dois membros da família Antunes, exemplares que têm um valor inestimável, sendo os únicos cravos originais portugueses em todo o país e dos poucos que sobreviveram em todo o mundo. Neste concerto a dois cravos, tocados por Miguel Jalôto e José Carlos Araújo, o instrumento de 1789 terá a sua estreia depois de um restauro realizado recentemente. A entrada é livre.

 

A equipa do Museu Nacional da Música agradece o extremo cuidado e sensibilidade das pessoas envolvidas, que fazem com que estes momentos de divulgação e preservação de uma história que a todos pertence sejam possíveis de concretizar.

 


SOBRE OS INSTRUMENTOS HISTÓRICOS DO MUSEU

 

No contexto da organologia portuguesa, os Antunes são uma família muito importante, conhecida como exímios construtores de cravos e pianofortes e que trabalharam em Lisboa durante o século XVIII.

 

O cravo de 1758, de Joaquim José Antunes, é Tesouro Nacional e uma das peças emblemáticas da colecção do Museu Nacional da Música, mas o cravo de 1789, de João Batista Antunes, é praticamente desconhecido, dado que esteve durante muitos anos em reserva, em mau estado de conservação. Recentemente este instrumento foi exposto na entrada do museu, tendo posteriormente sofrido uma cuidada intervenção. Geert Karman, o construtor/ restaurador responsável pelo processo de restauro, considera: "O móvel do instrumento é visivelmente tosco, mas o som é um dos mais belos que já ouvi, nos muitos museus e coleções que conheço em todo o mundo. A mecânica deste cravo é uma das mais precisas com que já lidei."

 

Segundo Ana Paula Tudela, investigadora e autora do estudo sobre a Família Antunes, que será lançado a 22 de Novembro pelo Museu Nacional da Música e Imprensa Nacional - Casa da Moeda, “(…) o instrumento construído em 1789 por João Batista Antunes (1737-1822) e agora restaurado por Geert Karman, já não se ouvia há seguramente 74 anos ou talvez mais, uma vez que foi adquirido para a coleção antiga do museu em 1944 e desde então não voltou ser tocado. Será apresentado ao público lado a lado com o cravo construído em 1758 por Joaquim José Antunes (1733-1801), classificado como tesouro nacional, também ele uma das jóias da Coleção de Lisboa. Ao estudar os percursos e caligrafias dos diversos mestres desta família consegui demonstrar que estes dois instrumentos foram construídos por dois irmãos, filhos de Manuel Antunes (1703-1766), fundador da emblemática oficina portuguesa “Antunes”, cuja excelência é internacionalmente reconhecida. É bonito pensar que os dois instrumentos tocarão juntos provavelmente pela primeira vez.”

 

Além dos instrumentos do Museu, desta família conhece-se ainda um pianoforte que faz parte da coleção do National Music Museum (NMM) nos Estados Unidos da América e um cravo que até há pouco tempo pertenceu à Finchcocks Collection, Inglaterra.

 


SOBRE OS MÚSICOS-MECENAS

 

JOSÉ CARLOS ARAÚJO é apontado como «um dos mais importantes intérpretes portugueses da actualidade» (Jornal de Letras), José Carlos Araújo tem desenvolvido o seu trabalho sobretudo em torno da música para tecla de autores ibéricos do período barroco e, muito particularmente, da obra de Carlos Seixas.

 

Em Lisboa, estudou instrumentos históricos de tecla, baixo contínuo e interpretação de música antiga. Desde cedo influenciado pelas perspetivas interpretativas reveladas por Cremilde Rosado Fernandes e José Luis González Uriol, a oportunidade de trabalhar, mais tarde, com ambos estes mestres viria a informar de forma acentuada a sua abordagem aos repertórios para instrumentos de tecla do Sul da Europa.

 

A parte mais importante da atividade artística que mantém consiste em recitais em instrumentos históricos (órgão, cravo, clavicórdio e pianoforte), dedicando-se frequentemente a repertórios pouco explorados dos séculos XVII e XVIII.

 

Colaborou com o Teatro da Cornucópia, sob a direção de Luís Miguel Cintra. Tocou com as principais orquestras e agrupamentos de música antiga portugueses, sendo, todavia, com a orquestra barroca Divino Sospiro que tem vindo a trabalhar mais intensamente e com a qual realizou numerosas estreias modernas de obras do séc. XVIII e gravou música sacra de García Fajer e José Joaquim dos Santos para a editora Glossa.

 

José Carlos Araújo dedicou-se ainda ocasionalmente à música para órgão e cravo de autores do séc. XX, em particular Luiz de Freitas Branco, Armando José Fernandes e Clotilde Rosa, que tocou com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Ensemble MPMP.

 

Gravou para a RTP e para a Antena 2. Em 2004, foram-lhe atribuídos o Primeiro Prémio e o Prémio do Público do concurso Carlos Seixas, pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Inaugurou a coleção discográfica Melographia Portugueza (MPMP) em 2012, com os primeiros CDs da gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas.

 

Licenciou-se em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras de Lisboa, de cujo Centro de Estudos Clássicos é investigador e onde tem vindo a trabalhar na tradução e estudo de autores gregos e latinos. Colabora regularmente em Euphrosyne – Revista de Filologia Clássica.

 

Atualmente é director da revista Glosas.


FERNANDO MIGUEL JALÔTO completou os diplomas de Bachelor of Music e de Master of Music em Cravo no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia (Países Baixos) na classe de Jacques Ogg. Frequentou masterclasses com Gustav Leonhardt, Olivier Baumont, Ilton Wjuniski, Laurence Cummings e Ketil Haugsand. Estudou órgão barroco e clavicórdio, e foi bolseiro do Centro Nacional de Cultura. É Mestre em Música pela Universidade de Aveiro com uma dissertação sobre a música de câmara em Portugal na primeira metade do século XVIII e presentemente é Doutorando em Ciências Musicais | Musicologia Histórica na Universidade Nova de Lisboa como Bolseiro da FCT, sob a orientação de Rui Vieira Nery e Cristina Fernandes, investigando a vida e obra do compositor napolitano Antonio Tedeschi e a música na Capela Real de Lisboa.

 

É fundador e diretor artístico do Ludovice Ensemble, um dos mais ativos e prestigiados grupos nacionais de Música Antiga. É membro da Orquestra Barroca Casa da Música e colabora com grupos especializados internacionais tais como Oltremontano (Bélgica), La Galanía, La Colombina e Collegium Musicum Madrid (Espanha). Apresentou¬ se em vários festivais e inúmeros concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, Noruega, Alemanha, Suíça, Áustria, Polónia, Bulgária, Israel, China e Japão. Toca regularmente com a Orquestra e Coro Gulbenkian (Lisboa) e apresentou-se com a Lyra Baroque Orchestra do Minnesota, a Real Escolania de San Lourenço d’El Escorial, a Orquestra da Radiotelevisão Norueguesa, a Camerata Academica Salzburg, a Orquestra de Câmara da Sinfónica da Galiza, a Real Filarmonía da Galiza, e a Orquestra Sinfónica do Porto, entre outras. Foi membro da Académie Baroque Européenne de Ambronay (França) da Academia MUSICA de Neerpelt (Bélgica) e da orquestra barroca Divino Sospiro. Trabalhou já com alguns dos mais notáveis maestros da especialidade como Banchini, Onofri, Hillier, Staier, Parrott, McCreesh, Biondi, Rousset, Koopman, Alessandrini, Pluhar, Christophers, McGegen, Florio e Alarcón, e acompanhou solistas como Kiehr, Podger, Sinkovsky, Minasi, Hantaï, Bernardini, Ghielmi, Grazzi e Coin.

 

Gravou para a Ramée/Outhere com o Ludovice Ensemble, Brilliant Classics (Integral das Suites para Cravo solo de Dieupart), Dynamic (Concerto para cravo em sol menor de Carlos Seixas), Harmonia Mundi France, Glossa Music, Parati e Anima & Corpo, para as rádios portuguesa, alemã e checa, e os canais televisivos Mezzo, Arte e RTP.

 

Apresentou-se no Luxemburgo como solista a convite da Presidência da República, e em Pequim a convite da Embaixada de Portugal. Em 2018 destacam-se recitais de órgão solo na Galiza e em Portugal, e concertos em Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Suíça e Áustria. Regressa ainda a Israel para concertos e master-classes a convite do Ensemble Phoenix.

 


PROGRAMA
A DUE CEMBALI
APRESENTAÇÃO DO CRAVO DE JOÃO BAPTISTA ANTUNES DE 1789

 

JOSÉ ANTÓNIO CARLOS DE SEIXAS (1704-1742)
*Sonata 1.1: [Allegro] - Adagio - [Minuet]

LUIGI BOCCHERINI (1743-1805)
**Quartetto Op.26 n.1: Allegro moderato - Minuetto con moto & trio

JOSÉ ANTÓNIO CARLOS DE SEIXAS
*Sinfonia 11.3: Allegro - Adagio - Andantino - Minuet

ANTONIO SOLER (1729-1783)
Concierto III: Andantino - Tempo de Minué

JOSÉ ANTÓNIO CARLOS DE SEIXAS
*Sonata Ap.10.1: Allegro - Adagio - Minuet

LUIGI BOCCHERINI
**Quartetto Op.26 n.5: Allegretto - Minuetto allegro & trio

JOSÉ ANTÓNIO CARLOS DE SEIXAS
*Sonata [Sinfonia] 16.1: Allegro - Adagio staccato - Andantino - Amoroso - [Adagio] staccato - Allegro assai

 

*Transcrições para 2 cravos de F. M. Jalôto
**Transcrições para 2 cravos de anónimo setecentista

 


SOBRE O CICLO “UM MÚSICO, UM MECENAS”

 

“Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos com instrumentos históricos organizado pelo Museu Nacional da Música e que vai já na sua sexta temporada.

 

Este ciclo procura divulgar um dos mais importantes acervos instrumentais da Europa, com a ajuda de músicos de exceção que atuam pro bono e dão voz a tesouros nacionais e peças de valor histórico único.

 

Os concertos, de entrada livre, são autênticas viagens à coleção do Museu Nacional da Música, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, dando a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.

 

A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu e os mecenas do ciclo (músicos, construtores/restauradores e outros parceiros).

 


«UM MÚSICO, UM MECENAS 2018»

 

- 18 de Maio -
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725) e piano Bechstein (1925)
Varoujan Bartikian e Lucjan Luc
Sonatas de Brahms (mi menor, N.º 1) e Britten

 

- 7 de Julho -
Viola de Arco Francesco Emiliani (1748) e Piano Bechstein de Luís de Freitas Branco (1922)
Roxanne Dykstra e Akari Komiya
J.S. Bach, Franz Xaver Wolfgang Mozart, Louis Théodore Gouvy, F.R.C. Clarke

 

- 4 de Agosto -
Tiorba Matheus Buechenberg (1608)
Vinicius Perez
La Tiorba de Buechenberg

 

- 15 Setembro -
Dois cravos portugueses (Joaquim José Antunes de 1758 e João Baptista Antunes de 1789) - Estreia do cravo Antunes de 1789
José Carlos Araújo e Miguel Jalôto
A Due Cembali - Os Irmãos Antunes

 

- 1 de Outubro -
Violoncelo Stradivarius Chevillard - Rei de Portugal (1725)
Pavel Gomziakov e guitarrista Ricardo Barceló
Canções Populares Espanholas

 

- 27 de Outubro -
Cravo Taskin (a anunciar)

 

- 22 de Novembro -
Cravo de João Baptista Antunes de 1789
Cremilde Rosado Fernandes
Dia de Santa Cecília
Sousa Carvalho, Marcos Portugal, Francisco Xavier Baptista, Frei Manuel de Santo Elias, João Cordeiro da Silva

 

- Dezembro -
Piano Boisselot & Fils de Franz Liszt (c. 1840) - Estreia
(a anunciar)