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.:: “Um Músico, Um Mecenas” 2019 | 7.º Concerto PDF Print E-mail
Sábado, 7 de Dezembro de 2019 // 18:00 h
05 December 2019

Cravo Antunes de 1789 7.º concerto da temporada 2019 do ciclo "Um Músico, Um Mecenas". José Carlos Araújo interpreta Carlos Seixas no Cravo de João Baptista Antunes de 1789, num concerto que será também de pré-lançamento de um CD inserido na coleção discográfica "Melographia Portugueza" com música de Carlos Seixas gravada com o cravo do Museu (edição MPMP, movimento patrimonial pela música portuguesa). A entrada é livre.

 

 

SOBRE OS INSTRUMENTOS HISTÓRICOS DA COLEÇÃO DO MUSEU - CRAVO ANTUNES DE 1789 (MNM 0373)

 

Este é um dos poucos exemplares que testemunham a arte da família Antunes, cujos membros se distinguiram como exímios construtores de cravos e pianofortes em Lisboa, no século XVIII.

 

Em 1789, João Baptista Antunes (1737-1822), então com 52 anos, constrói um cravo com uma extensão de teclado mais longa do que o habitual e uma qualidade tímbrica e precisão do mecanismo únicas, talvez para que o instrumento pudesse competir com o pianoforte (ou cravo de martelos, como também era conhecido). O pianoforte, então em voga por toda a Europa, viria, como sabemos, a destronar o cordofone beliscado. Este cravo é, portanto, representativo dos últimos tempos de uma época em que duas tecnologias diferentes coexistiram no nosso país.

 

Segundo Ana Paula Tudela, investigadora e autora do estudo sobre a Família Antunes, livro lançado em 2019 pelo Museu Nacional da Música e Imprensa Nacional - Casa da Moeda, “(…) o instrumento construído em 1789 por João Baptista Antunes (1737-1822) e restaurado em 2018 por Geert Karman, já não se ouvia há seguramente 74 anos ou talvez mais, uma vez que tinha sido adquirido para a colecção antiga do museu em 1944 e desde então não voltou a ser tocado".

 

Foi pela primeira vez apresentado ao público em concerto em Setembro de 2018, lado a lado com o cravo construído em 1758 por Joaquim José Antunes (1733-1801), classificado como tesouro nacional, também ele uma das jóias da Coleção de Lisboa. Os cravistas convidados foram Miguel Jalôto e José Carlos Araújo.

 

Ao estudar os percursos e caligrafias dos diversos mestres desta família, Ana Paula Tudela conseguiu demonstrar que estes dois instrumentos foram construídos por dois irmãos, filhos de Manuel Antunes (1703-1766), fundador da emblemática oficina portuguesa “Antunes”, cuja excelência é internacionalmente reconhecida.

 

Desde Setembro de 2018, o Cravo Antunes de 1789 pôde ser ouvido mais duas vezes: A primeira vez, a solo, por Cremilde Rosado Fernandes, acompanhada pela soprano Ana Paula Russo, e a segunda vez em Setembro último, novamente acompanhado pelo seu irmão Antunes de 1758, tocado pelas cravistas Cândida Matos e Elisabeth Joyé.

 

O cravo seguiu depois para a Fundação Calouste Gulbenkian, onde foi gravado pela primeira vez. Este pré-lançamento é, pois, o resultado desse trabalho, que resulta duma união de esforços entre o Museu Nacional da Música e o MPMP, movimento patrimonial pela música portuguesa, com a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian.

 


SOBRE O MÚSICO-MECENAS

 

JOSÉ CARLOS ARAÚJO é apontado como «um dos mais importantes intérpretes portugueses da actualidade» (Jornal de Letras). Tem desenvolvido o seu trabalho sobretudo em torno da música para tecla de autores ibéricos do período barroco e, muito particularmente, da obra de Carlos Seixas.

 

Em Lisboa, estudou instrumentos históricos de tecla, baixo contínuo e interpretação de música antiga. Desde cedo influenciado pelas perspetivas interpretativas reveladas por Cremilde Rosado Fernandes e José Luis González Uriol, a oportunidade de trabalhar, mais tarde, com ambos estes mestres viria a informar de forma acentuada a sua abordagem aos repertórios para instrumentos de tecla do Sul da Europa.

 

A parte mais importante da atividade artística que mantém consiste em recitais em instrumentos históricos (órgão, cravo, clavicórdio e pianoforte), dedicando-se frequentemente a repertórios pouco explorados dos séculos XVII e XVIII.

 

Colaborou com o Teatro da Cornucópia, sob a direção de Luís Miguel Cintra. Tocou com as principais orquestras e agrupamentos de música antiga portugueses, sendo, todavia, com a orquestra barroca Divino Sospiro que tem vindo a trabalhar mais intensamente e com a qual realizou numerosas estreias modernas de obras do séc. XVIII e gravou música sacra de García Fajer e José Joaquim dos Santos para a editora Glossa.

 

José Carlos Araújo dedicou-se ainda ocasionalmente à música para órgão e cravo de autores do séc. XX, em particular Luiz de Freitas Branco, Armando José Fernandes e Clotilde Rosa, que tocou com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Ensemble MPMP.

 

Gravou para a RTP e para a Antena 2. Em 2004, foram-lhe atribuídos o Primeiro Prémio e o Prémio do Público do concurso Carlos Seixas, pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Inaugurou a colecção discográfica Melographia Portugueza (MPMP) em 2012, com os primeiros CDs da gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas.

 

Licenciou-se em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras de Lisboa, de cujo Centro de Estudos Clássicos é investigador e onde tem vindo a trabalhar na tradução e estudo de autores gregos e latinos. Colabora regularmente em Euphrosyne – Revista de Filologia Clássica.

 

Atualmente é director da revista Glosas.

 


PROGRAMA

 

CARLOS SEIXAS (1704-1742)
- Sonata em mi menor, K. 37
- Minuete em mi menor
- Fuga em si menor, K. XXV
- Sonata em ré menor, K. 29
- Sonata em fá# menor, K. XIV
- Sonata em dó menor, K. IV
- Sonata em dó menor, K. 12
- Minuete e glosas (em fá menor)

 


Apoio no evento: Horto do Campo Grande

 


SOBRE O CICLO “UM MÚSICO, UM MECENAS”

 

“Um Músico, Um Mecenas” é um ciclo de concertos com instrumentos históricos organizado pelo Museu Nacional da Música e que vai já na sua sétima temporada.

 

Este ciclo procura divulgar um dos mais importantes acervos instrumentais da Europa, com a ajuda de músicos de exceção que atuam pro bono e dão voz a tesouros nacionais e peças de valor histórico único.

 

Os concertos, de entrada livre, são autênticas viagens à coleção do Museu Nacional da Música, conduzidas por grandes intérpretes nacionais e internacionais, dando a conhecer os instrumentos através de concertos comentados e de uma contextualização histórica estendida, muitas vezes, ao repertório escolhido.

 

A interpretação, a necessária manutenção dos instrumentos musicais e a comunicação da história de cada um deles são fatores intimamente ligados e que resultam numa ação concertada entre o Museu e os mecenas do ciclo (músicos, construtores/restauradores e outros parceiros).